A Ria Formosa é a maior zona húmida do sul de Portugal. A área é criada por um complexo de ilhas-barreira que formam um extenso cordão dunar que protege a ria da força do mar. Para além de dunas e bancos de vaza, os principais habitats aqui existentes são caniçais, salinas, tanques, vegetação arbustiva e pinhais. Durante o inverno, a Ria Formosa é uma área de concentração de milhares de aves limícolas como ostraceiros, alfaiates, pilritos-de-peito-preto e pilritos-pequenos, entre outros. Espécies como o pilrito-de-bico-comprido, a seixoeira ou o combatente estão maioritariamente de passagem durante o outono. Os anatídeos também estão presentes em grande número nos tanques e lagoas costeiras, e algumas das espécies mais comuns são a piadeira, o pato-trombeteiro, o arrábio e o zarro. Outras espécies interessantes de aves invernantes são o flamingo, a íbis-preta, o colhereiro, o peneireiro-cinzento, o garajau-grande, o pisco-de-peito-azul ou o mais escasso chapim-de-mascarilha. Nos últimos anos, a gaivota-de-bico-fino tem sido avistada recorrentemente na zona. As aves nidificantes incluem o camão, o garçote (para estas recomenda-se a observação a partir do observatório da Quinta do Lago), a garça-vermelha, a perdiz-do-mar e a gaivota-de-audouin, que aqui cria regularmente, mas com flutuações nos efectivos nidificantes. As ilhas-barreira albergam as maiores colónias de chilreta a nível nacional, ave que pode ser vista regularmente a pescar nos baixios, e também um pequena população de alcaravão. Nos pinhais situados na zona envolvente, podem ser encontradas espécies como o pica-pau-malhado-grande, o picanço-barreteiro ou o papa-figos. Especialmente durante o mês de setembro, uma grande diversidade de pequenos migradores terrestres pode ser observada na zona. A área está integrada no Parque Natural da Ria Formosa. Municípios: Tavira, Faro, Olhão e Vila Real de Santo António Ficha técnica IBA: saiba mais |
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Locais de interesse
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