Nas margens ocidentais da expansão urbana da cidade de Lisboa, a costa entre Algés e Cascais é composta de praias de areia e troços rochosos, e é uma faixa costeira bastante interessante para algumas espécies de aves. É aqui que o rio Tejo encontra o mar. Entre Cascais e a praia do guincho, o cabo Raso é um dos melhores locais para observar aves marinhas a partir de costa. Uma parte desta área encontra-se integrada no Parque Natural Sintra-Cascais. Alguns dos pontos de interesse ornitológico mais relevantes são a abundância de gaivota-de-cabeça-preta durante o inverno, e a presença da pardela-balear ao longo de todo o ano, e as suas concentrações pós-nupciais na área durante o verão. A costa rochosa entre Algés e Cascais alberga algumas aves limícolas durante o inverno como o ostraceiro, o pilrito-das-praias e a rola-do-mar. O pilrito-escuro é regular e bastante fácil de observar, sobretudo na zona de Santo Amaro de Oeiras. Este troço de costa é também conhecido por ser dos melhores locais no país para procurar gaivotas mais escassas durante o inverno. Algumas raridades como a gaivota-de-bico-riscado, a gaivota-risonha e o gaivotão-branco já foram aqui observadas, e espécies escassas como o gaivotão-real são aqui regulares. Alguns dos passeriformes comuns nas áreas envolventes são a toutinegra-dos-valados, a fuinha-dos-juncos e o exótico mainá-de-crista. O cabo Raso, devido a permitir a observação ao nível do mar, é um dos locais mais visitados do país para observação de aves marinhas. Algumas das espécies mais comuns são a negrola, a pardela-balear, a cagarra, a galheta, o alcatraz, o alcaide e a torda-mergulheira. Na época de migração pós-nupcial outras espécies regulares são a pardela-preta, o moleiro-do-ártico e o moleiro-pequeno. Raridades como o alcatraz-pardo e a gaivota-de-sabine já foram aqui registadas. O cabo Raso pode ainda ser um local interessante para observação de passeriformes migradores durante as passagens migratórias. |
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